domingo, 3 de julho de 2011

Preocupações Profissionais (Pais e Filhos)

Uma das graves preocupações dos pais é a que diz respeito à escolha da profissão pelos seus filhos. Justifica-se pelo mundo de dificuldades que vivemos.

Afinal, todo pai anseia pela vitória de sua prole no cenário do mundo. Não há quem não pense em como se sentirá orgulhoso e aliviado no dia em que seu filho sustentar nas mãos o canudo universitário, conquistado em anos de estudos.

É sua carta de alforria para enfrentar um mercado de trabalho sempre mais exigente.

Por isso mesmo, existem interferências por parte dos pais na escolha que deveria ser exclusiva dos filhos. Entram em campo várias considerações e não poderia faltar, naturalmente, a questão da profissão mais vantajosa, a que concede status social, aplauso público. Afinal, quem não deseja ver seu filho aplaudido?

Contudo, toda profissão é nobre. E o nosso objetivo como educadores e orientadores dos filhos deveria ser sempre o de apontar o caminho da nobreza e do bem, deixando a senda profissional sem maiores interferências de nossa parte.

Se bem lembrarmos, todos nos servimos do pão à mesa do café da manhã. E para que o pão chegue até nossa mesa, trabalhou o agricultor que arou a terra, nela depositando a semente preciosa, para a colheita oportuna e farta do grão.

Este, por sua vez, necessitou de quem o transportasse, o motorista, que por sua vez precisou de quem fabricasse o veículo apropriado e o mantivesse em condições de trafegar, o metalúrgico, o mecânico.

Foi para as mãos zelosas dos funcionários dos silos, passou pelos ombros fortes dos carregadores. Transformado em farinha, necessitou da habilidade do padeiro para a feitura da massa, que não dispensou o fermento e o forno apropriado, também vindos de outras mãos profissionais.

Finalmente, circulou para os balcões das padarias e dos mercados, através de mãos operosas de repositores e vendedores e foi apanhado, ainda cedo, pela empregada que o conduziu até nossa mesa.

Um simples pão. Quantos profissionais. Anônimos e esquecidos alguns. De salários mínimos diversos deles. Iletrados tantos. E nos permitem provar um pão fresquinho pela manhã.

Toda profissão é nobre, quando exercida com zelo. Do carpinteiro que concede forma à madeira ao que programa complicados computadores para análises astronômicas. Da professora que desvenda os mistérios da leitura para olhos e ouvidos ávidos por aprender aos cientistas que ilustram nossas academias.

No concerto da vida, necessitamos sempre uns dos outros, numa perfeita lei divina que sugere que nos demos as mãos e nos amemos uns aos outros. 
 

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