Vagas pelo continente
São Paulo - O mundo está cada vez mais "carente" de profissionais qualificados para algumas atividades - principalmente no continente americano.Essa é a conclusão da 9ª edição de uma pesquisa sobre escassez de talentos realizada pelo Manpower Group. O levantamento teve a participação mais de 37 mil empregadores em 42 países.
Em 2014, a média global de falta de talentos foi de 36%, a maior desde 2007, quando chegou a 41%. Entre os profissionais com ensino superior mais demandados estão engenheiros, profissionais de finanças e gerentes de vendas.
Entretanto, dominam o ranking profissionais como técnicos, motoristas, operários e trabalhadores de ofício manual, isto é, autônomos especializados como sapateiros, eletricistas, pedreiros e costureiros.
Certos países americanos estão entre os mais afetados pelo quadro, segundo o estudo. Peru, Argentina e Brasil estão entre os cinco que mais sofrem com a situação, com índices de escassez de 67%, 63% e
Vagas pelo continente
Das diversas fantasias que funcionários alimentam sobre seus
chefes, uma é muito comum: a de que ele é o único responsável por
orientar, administrar e avaliar o seu trabalho.
Contudo, o poder, segundo o fundador da escola
Cultman, Rogério Boeira, pode e deve ser compartilhado. “Um profissional que
não depende do chefe para tudo ganha em produtividade
e eficiência”, afirma ele.
Segundo Boeira, o esforço em delegar tarefas e
descentralizar ao máximo a gestão, ligado ao conceito de 'empowerment', é uma
tendência em diversas empresas pelo mundo.
“Ganha-se muito com isso, porque o profissional é
visto como adulto, e acaba trabalhando de forma mais responsável e madura”,
explica ele.
Ao invés da tradicional relação de obediência que
há entre patrão e empregado, surge uma dinâmica semelhante à que existe entre
cliente e fornecedor: o que faz a roda girar é o compromisso com a qualidade do
serviço, não a hierarquia.
No Brasil, a mentalidade do empoderamento ainda
engatinha. Segundo Boeira, o motivo é cultural, devido à tradição de
microgerenciamento e desejo de controle. “Infelizmente, a maioria das nossas empresas
ainda é bastante centralizadora e burocrática”, afirma ele.
Mesmo assim, Boeira defende a iniciativa do
profissional que queira se tornar seu próprio gestor - mesmo tendo, de acordo
com o organograma, uma pessoa acima dele que cumpra essa função.
O profissional capaz de assumir a responsabilidade
por si mesmo poupa recursos da empresa e, por isso, será cada vez mais
valorizado e disputado pelo mercado de trabalho.
“Os melhores empregadores sabem reconhecer essas
pessoas e certamente deverão recompensá-las com boas oportunidades”, assegura
ele.
A seguir, veja quatro passos para atingir esse
nível de autonomia e se diferenciar:
1. Saiba muito bem o que esperam de você
Para começar, você precisa conhecer a fundo as características do seu empregador e as particularidades do serviço que você deve prestar a ele.
Para começar, você precisa conhecer a fundo as características do seu empregador e as particularidades do serviço que você deve prestar a ele.
Você precisa ter consciência sobre as expectativas
básicas que existem sobre você - para não precisar ser lembrado constantemente
por alguém a respeito delas.
2. Conheça os possíveis efeitos das suas falhas
É decisivo, sobretudo, saber precisamente quais possíveis erros seus seriam tolerados, e quais seriam inadmissíveis.
É decisivo, sobretudo, saber precisamente quais possíveis erros seus seriam tolerados, e quais seriam inadmissíveis.
Você também precisa saber quantificar riscos e
oportunidades envolvidos no seu trabalho. Qual é custo para empresa dos seus
erros? E o potencial de retorno dos seus acertos? Essas variáveis precisam ser
estudadas no seu processo de autogestão.
3. Estabeleça uma relação de equilíbrio com o seu
chefe de fato
É bom não confundir empoderamento com independência absoluta da estrutura. Você não tem obrigação de só entregar a solução pronta para o seu chefe: é permitido apresentar dúvidas, questionamentos ou mesmo problemas para ele.
É bom não confundir empoderamento com independência absoluta da estrutura. Você não tem obrigação de só entregar a solução pronta para o seu chefe: é permitido apresentar dúvidas, questionamentos ou mesmo problemas para ele.
O ideal é estabelecer um meio termo entre o
microgerenciamento, situação em que você pergunta tudo para o seu superior, e
uma espécie de “voo livre”, em que você não pergunta nada. Precisa haver troca
entre você e o seu chefe, baseada em confiança mútua.
4. Faça autoavaliações constantes
Para consolidar sua autonomia, é importante ter um olhar crítico para o seu próprio trabalho. Uma ideia é manter um diário dos insights e lições do seu dia a dia no escritório.
Para consolidar sua autonomia, é importante ter um olhar crítico para o seu próprio trabalho. Uma ideia é manter um diário dos insights e lições do seu dia a dia no escritório.
Isso porque analisar os desafios que se
apresentarem, bem como as soluções encontradas, ajuda a sistematizar o seu
desenvolvimento. O objetivo que você precisa perseguir é aprender sozinho,
continuamente.
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